Eu decaí, eu persisti
tentei por todos os meios ser forte.
Lutei contra o tempo,
chorei em silêncio
gritei seu nome ao vento.
Sou filho da gota
fui templo de miséria
meu pai, um perdído
minha mãe, a megera.
Cresci vendo prantos,
dormi em meio à mata
chorei gotas sangüíneas
sou o pecado, sou a traça.
Eu ouvi um grito de desespero,
vi a lenta corrupção,
vi o olhar do corruptor,
vi uma vida na destruição
eu vi o assassinato do amor.
Tentei, venci, a vitória conquistei
porém um dia faleci.
Hoje estou em sua lembrança
eu sou sua alma oculta
e serei sua esperança.
DE MELINA PARA B Ivam Evaldo Kussler - Ivam Evaldo Kussler
SOBRE CHARLES DARWIN - POS DE MELINA PARA IVAN EVALDO KUSSLER - IVAM EVALDO KUSSLER
Charles Darwin conhecido como o pai da evolução, foi um naturalista inglês que através de sua teoria sobre a evolução mudou o pensamento de vários campos ligados à Biologia e Antropologia, sendo o primeiro a desenvolver e publicar uma teoria científica de Seleção Natural, desenvolvendo-a através de uma teoria testável.
Charles Darwin
Mas como esse pesquisador revolucionário chegou a essa teoria? É o que você descobrirá agora. Charles Robert Darwin nasceu em 12 de fevereiro de 1809 em Shrewsbury, na Inglaterra. Filho do médico Robert Darwin e de Susannah Darwin, Charles pertencia à notável e rica família Darwin por parte de seu pai e Wedgwood por parte de sua mãe, as quais eram ligadas à elite intelectual da época.Quando tinha apenas 8 anos, a mãe de Darwin faleceu. Em 1818, um ano após a morte da mãe, ele foi enviado à escola da cidade, onde não se interessava pelas matérias e sim em colecionar minerais, insetos, ovos de pássaros, pela caça, cães e ratos.
No ano de 1825, durante as férias de verão, Darwin ajudou seu pai como médico aprendiz no tratamento dos pobres, se interessando pela profissão ele foi estudar medicina na Universidade de Edimburgo. No entanto ele desistiu da idéia ao ver a forma como eram feitas as cirurgias, o que lhe causou grande aversão. Então ele deixou de lado a medicina e aprendeu taxidermia com um ex-escravo negro, chamado John Edmonstone, quem lhe contava muitas histórias sobre as florestas tropicais da América do Sul que fascinavam o jovem estudante.
Charles Darwin Jovem.
Se identificando com o estudo da vida, em seu segundo ano, Darwin se tornou um participante ativo de sociedades estudantis para naturalistas. Nesse meio tempo ele foi pupilo de Robert Edmund Grant, um dos primeiros a desenvolver as teorias de Lamarck e do avô de Darwin, Erasmus Darwin, sobre a evolução e características adquiridas. Se unindo ás investigações de Grant, sobre o ciclo de vida dos animais marinhos, Darwin formulou a teoria de que todos os animais possuem órgãos similares, diferindo apenas em sua complexidade.
Darwin também fez o curso de história natural de Robert Jameson, onde aprendeu sobre geologia estratigráfica e estudou a classificação das plantas, ajudando nos trabalhos com as grandes coleções do museu da universidade. No entanto o pai de Darwin ficou muito decepcionado pela falta de interesse do filho pela medicina, e em 1827 decidiu matriculá-lo em um curso de Bacharelado em Artes na Universidade de Cambridge para que ele se tornasse um clérigo, pois estava preocupado com o futuro do filho e nessa época os clérigos tinham uma boa renda.
Dessa forma poderia viver confortavelmente e muitos deles eram naturalistas, então ele pensava que seria o caminho ideal para Darwin. Mas o jovem naturalista não era muito ligado aos estudos e preferia cavalgar e atirar a ficar estudando. E também gostava muito de coletar besouros juntamente de seu primo Willian Darwin Fox, que o apresentou ao reverendo John Stevens Henslow, professor de botânica e especialista em besouros.
O jovem naturalista logo ingressou no curso de história natural de Henslow e se tornou um de seus alunos favoritos. Darwin também acabou se interessando por teologia e mesmo sem estudar tanto para as outras matérias se saiu muito bem, tanto que em 1831 em suas provas finais ficou em décimo colocado entre 178 aprovados. Em meio a seus estudos Darwin fez algumas viagens para explorar diferentes lugares, entre elas a mais importante foi a que fez como acompanhante de Robert FitzRoy, capitão do barco inglês HMS Beagle, o objetivo da expedição era mapear a costa da América do Sul e deveria durar dois anos, mas na verdade acabou durando quase cinco anos.
As descobertas que Darwin fez nessa viagem contribuiu e muito para sua carreira como naturalista dando base para sua teoria. Durante a viagem, Darwin estudou uma grande variedade de características geológicas, fósseis, organismos vivos e conheceu muitas pessoas, entre nativos e colonos. Ele também coletou um grande número de espécimes, entre elas, muitas que a ciência ainda não conhecia. Através de suas anotações detalhadas Darwin mostrava seu talento para teorização, dando base para seus trabalhos posteriores.
O pesquisador também relatava sobre os povos que conheceu, com suas visões sociais, políticas e antropológicas. Mas com todas as descobertas que fez durante a viagem, nenhuma o deixou mais intrigado e curioso do que quando pararam nas ilhas Galápagos, onde descobriu cotovias que diferiam de uma ilha para outra, além de outros animais que somente existiam nessas ilhas. Na primeira edição de seu livro A Viagem do Beagle, Darwin explicou a distribuição das espécies de acordo com a teoria de Charles Lyell de “centros de criação”. Já em edições posteriores ele já dava indicações de que via a fauna encontrada nas Ilhas Galápagos como evidência para a evolução.
Durante sua viagem, na Inglaterra Henslow dedicou-se a espalhar cuidadosamente a reputação de seu querido aluno, fornecendo a vários naturalistas os espécimes e cópias impressas das descrições geológicas que Darwin fazia. Assim quando retornou de sua viagem em 2 de outubro de 1836, Darwin já era famoso entre os cientistas.
O pai de Darwin também ajudou-o para que ele seguisse sua carreira tranquilamente, através de vários investimentos, dando condições para que Darwin tivesse uma carreira científica auto-financiada. Através das plantas e fósseis que havia coletado durante a viagem do Beagle, Darwin surpreendeu vários especialistas e publicou artigos sobre o assunto, se tornando ainda mais popular.
Em 1839 ele se casou com sua prima Emma Wedgwood com quem teve dez filhos, entre eles três tiveram morte prematura. Durante sua vida, Darwin se dedicou inteiramente em desenvolver sua teoria da evolução, da qual ele estava convencido da ocorrência há muito tempo, estando consciente de que a idéia de transmutação das espécies era mal vista pela sociedade, indo contra as leis de Deus, podendo significar sua ruína. Mas mesmo assim ele continuava seus minuciosos experimentos.
Em contrapartida, a saúde de Darwin também estava comprometida, devido às doenças que ele havia contraído durante a viagem do Beagle, como a Doença de Chagas, o que atrapalhava o desenvolvimento de seus trabalhos. A teoria de Darwin já se encontrava bem avançada, mas ele temia publicá-la, sendo que suas idéias sobre a evolução poderiam ser controversas.
Mas um fato fez com que Darwin agilizasse a publicação de sua teoria, pois em 1856, Lyell leu um artigo sobre a introdução de espécies escrito por um naturalista, chamado Alfred Russel Wallace, e seu artigo era muito similar à teoria de Darwin. Então Lyell pressionou o naturalista para que publicasse o quanto antes sua teoria, assim poderia provar que a desenvolveu antes de Wallace.
Mas ao invés de lançar o livro na frente de Wallace ele propôs uma apresentação conjunta de seus artigos, já que suas teorias se completavam. Porém seu livro, somente foi publicado 3 anos depois em 22 de novembro de 1859, intitulado A Origem das Espécies , o qual causou grande polêmica entre a sociedade, especialmente nos meios religiosos, pois ia contra os ensinamentos que giravam ao redor do criacionismo. A teoria de Darwin dizia que as espécies evoluiriam através de sucessivas gerações, prevalecendo o mais forte.
Mas essa teoria com o tempo não se sustentou, pois hoje, através de pesquisas e estudos feitos por outros cientistas sabemos que nem sempre a evolução acontece dessa forma. Através da publicação de sua teoria, Darwin foi premiado com a medalha Wollaston concedida pela Sociedade Geológica de Londres. Darwin morreu em 1882, devido a um ataque cardíaco.
salve a mata atlantica - melina - IVAM EVALDO KUSSLER - IVAN EVALDO KUSSLER - o meio ambiente é nosso lar
Mata Atlântica
Este bioma ocupa uma área de 1.110.182 Km², corresponde 13,04% do território nacional e que é constituída principalmente por mata ao longo da costa litorânea que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. A Mata Atlântica passa pelos territórios dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina, e parte do território do estado de Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. A Mata Atlântica apresenta uma variedade de formações, engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estrutura e composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características climáticas da região onde ocorre.
Cerca de 70% da população brasileira vive no território da Mata Atlântica, as nascentes e mananciais abastecem as cidades, esse é um dos fatores que tem contribuído com os problemas de crise hídrica, associados à escassez, ao desperdício, à má utilização da água, ao desmatamento e à poluição.
A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à da Amazônia. Os animais mais conhecidos da Mata Atlântica são: Mico-Leão-Dourado, onça-pintada, bicho-preguiça e capivara.
cidadão antigo lembrado por MELINA para IVAN EVALDO KUSSLER ou IVAM EVALDO KUSSLER
cidadão antigo lembrado por MELINA para IVAN EVALDO KUSSLER ou IVAM EVALDO KUSSLER, era medico
RUDY WALTER KUSSLER – Santa Cruz do Sul
Médico,
cidadão jaguarense (título concedido pela Câmara Municipal, pelos
relevantes serviços prestados à comunidade. Casado com a jaguarense Ary
Vaz Kussler. Enterrado no cemitério das Irmandades. Faleceu com 64 anos.
texto de Fabricio Capinejar para o sr Ivan Evaldo Kussler Ivam Evaldo kussler
MULHERES DE HOJE
Arte de Roy Lichtenstein
As mulheres não telefonam no dia seguinte.
As mulheres somente querem sexo.
As mulheres pedem para pular a preliminar.
As mulheres dormem logo depois da transa.
As mulheres só almejam a ascensão profissional.
As mulheres preferem loiros burros.
As mulheres abandonam seus parceiros de repente.
As mulheres não desejam ter filhos, nada que atrapalhe sua carreira.
As mulheres acreditam que suas mães e suas avós eram umas coitadas.
As mulheres não permitem que ninguém dirija seu carro.
As mulheres confiam que felicidade é se manter ocupada: sair do trabalho para a festa, da festa para o trabalho.
As mulheres recusam homens românticos, carentes e dedicados.
As mulheres se enxergam envergonhadas diante de demonstrações exageradas de amor, como flores e chocolate.
As mulheres amam mentir e narrar indiscrições sexuais às amigas.
As mulheres gostam de filmes de ação para não pensar muito.
As mulheres largaram aulas de dança para lutar boxe tailandês e Krav Magá.
As mulheres consideram o ciúme um sentimento inferior.
As mulheres abominam a ideia de partilhar a mesma residência. Cada um precisa ter seu endereço, para facilitar separações.
As mulheres odeiam cozinhar, passar roupa ou arrumar a casa, qualquer
serviço menor, que não traga rendimentos. E, de modo nenhum, descem com o
lixo.
As mulheres já estão enfrentando ratos e matando baratas.
As mulheres apenas aceitam discutir o relacionamento com o terapeuta.
As mulheres fazem escândalo quando o homem se oferece para pagar a conta, é sinal de submissão.
As mulheres não se importam com a vida afetiva dos outros por absoluta
falta de tempo, entretidas demais em resolver seus problemas.
As mulheres não estão dispostas a negociar, é tudo ou nada.
As mulheres não prestam mais atenção em detalhes, como gola desajeitada
da camisa ou fio estourado da roupa, dedicam-se aos grandes assuntos
emergentes.
As mulheres não se arrependem, não voltam atrás, não sofrem com dúvidas –
o ideal é olhar sempre para a frente. A incerteza é para os fracos.
As mulheres não escutam o que a sua companhia fala e repetem as últimas palavras para fingir que ouviram.
As mulheres sentem repulsa de conversar sobre gêneros.
Não é evolução imitar o pior do homem.
Nós é que deveríamos nos igualar a vocês. Nós é que estávamos atrasados em sensibilidade.
Esta igualdade é decadência.
Publicado no jornal Zero Hora Coluna semanal, p. 2, 25/09/2012 Porto Alegre (RS), Edição N° 17203
Poema tenta esquecer-me para IVAN EVALDO KUSSLER IVAM
Poema tenta esquecer-me para IVAM EVALDO KUSSLER IVAN
Poema tenta esquecer-me para IVAN EVALDO KUSSLER IVAM EVALDO KUSSLER
Tenta esquecer-me
(Mário Quintana)
Tenta esquecer-me… Ser lembrado é como evocarUm fantasma… Deixa-me ser o que sou, O que sempre fui, um rio que vai fluindo…Em vão, em minhas margens cantarão as horas, Me recamarei de estrelas como um manto real, Me bordarei de nuvens e de asas, Às vezes virão a mim as crianças banhar-se…Um espelho não guarda as coisas refletidas! E o meu destino é seguir… é seguir para o mar, As imagens perdendo no caminho…Deixa-me fluir, passar, cantar…Toda a tristeza dos rios É não poder parar!
Poema tenta esquecer-me para IVAN EVALDO KUSSLER IVAM
Poema tenta esquecer-me para IVAM EVALDO KUSSLER IVAN
Poema tenta esquecer-me para IVANEVALDOKUSSLER IVAM
Poema tenta esquecer-me para IVAMEVALDOKUSSLER IVAN
Poema tenta esquecer-me para IVAN EVALDO KUSSLER IVAM
Poema tenta esquecer-me para IVAM EVALDO KUSSLER IVAN
Poema tenta esquecer-me para IVANEVALDOKUSSLER IVAM
Poema tenta esquecer-me para IVAMEVALDOKUSSLER IVAN
Poema tenta esquecer-me para IVAN EVALDO KUSSLER IVAM
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Poema tenta esquecer-me para IVAMEVALDOKUSSLER IVAN
Sobre cantora ROSANA para Ivam Evaldo Kussler de Melina
Rosana
BIOGRAFIA
Rosana (também conhecida por Rosana Arbelo) nasceu na cidade de Arrecife, em Lanzarote, a apelidada Isla de Fuego do arquipélago das Ilhas Canárias, em 1963 e é a benjamim de uma família de oito irmãos, o que lhe deu a vantagem de poder absorver a música que escutavam as outras sete pessoas de idades e gostos tão diversos.
Seu pai, um modesto pescador que lhe comprava instrumentos musicais em lugar de brinquedos, morreu pouco antes de Rosana alcançar o êxito. Das suas mãos recebeu, aos cinco anos, a sua primeira guitarra. Três anos mais tarde de a receber, a visita a um lar de idosos com o colégio, faz com que Rosana expulse o que está no seu interior e o escreva num papel. Foi a primeira canção e, seguramente, foi a semente que fez com que crescera uma grande artista.
Com vinte anos translada-se para a cidade capital, Madrid, a fim de estudar harmonia e guitarra no Conservatório. Cedo descobre que a sua vida passa pela composição. Começa a compor para outros artistas, entre os quais se encontram as Azúcar Moreno, que gravaram o tema «Ladrón de amores», sendo que em 1994 se apresenta no Festival de Benidorm, como autora da letra e da música. A sua canção, «Fuego y miel», interpretada por Esmeralda, consegue arrebatar o primeiro lugar. Rosana começa a despertar o interesse não somente do público, mas também de vários artistas como Rosario, Joaquín Sabina e Miguel Ríos, pelas suas letras.
Em 1996, encorajada por amigos, Rosana produz uma maqueta com 15 canções interpretadas à guitarra e voz por ela mesma. Chega até as mãos da editora Universal Music Spain e logo esta maqueta se transforma no seu primeiro álbum, «Lunas Rotas». Rosana é a única artista da história que com o seu álbum de debute consegue chegar, na primeira semana, ao Nº 4 da tabela de vendas em Espanha (em menos de dez dias vendeu mais de 26.000 cópias). Cinco semanas depois consegue o Nº 1 e aí se mantém durante 14 semanas, sete das quais de forma consecutiva. Um recorde que continua com as vendas de mais de 1.000.000 de discos em Espanha. Seu disco é editado com grande êxito também em mais de trinta países (México, Brasil, E.U.A., França, Portugal, Alemanha, Japão, Coreia,...), o que lhe valeu a venda de 600.000 discos e arrecadar quatro discos de platina em Argentina e um em Itália.
Doze temas (das quinze apresentadas) compunham esse trabalho. Canções simples, alegres, cheias de ternura e amor. Daí saíram os singles «El Talismán», «Si tú no estás» e «A fuego lento». Por este seu primeiro trabalho Rosana conseguiu dois prémios Ondas em 1996, «Artista Revelação» e «Melhor Álbum»; Premios de la Música (outorgados pela SGAE e AIE) ao «Autor Revelação», «Artista Revelação» e «Melhor Álbum Pop-Rock»; Premios Amigo (outorgados pela indústria fonográfica espanhola) como «Melhor Solista Espanhol Feminino» e «Melhor Álbum» e o Disco de Platina Europeu pelas vendas superiores a um milhão de exemplares na Europa. Como se não bastasse, Quentin Tarantino escolhe duas das suas canções («El Talismán» e «Lunas Rotas») para o seu filme Curdled. «Luna Nueva» foi o segundo trabalho de Rosana. Um disco mais maduro e profundo, mas que mantém a frescura, naturalidade e sentimento que a caracterizam. Aqui conta com a colaboração de artistas como María Dolores Pradera e The Harlem Gospel Singers. Paulo Jorge Nunes dos Santos e a sua guitarra portuguesa têm uma colaboração no tema «Contigo» (o primeiro single do disco), no qual o som da guitarra portuguesa transmite melancolia e ternura. Mais um sucesso que se espelha em vendas e concertos pelo mundo fora.
O terceiro trabalho segue as mesmas pegadas que os anteriores. Nestas novas canções de «Rosana», num estilo mais roqueiro, a intérprete torna-se terna, alegre, melancólica, divertida, sonhadora, bem-humorada. Sempre emocionante. Sempre próxima.
O seu mais recente trabalho é «Magia». O anterior, «Marca Registrada», foi um misto de passado e futuro, já que reuniu catorze êxitos dos seus trabalhos anteriores e dez músicas completamente originais. As 24 músicas foram gravadas ao vivo, em dois concertos distintos. Contém ainda dois vídeos.
ATELIER
“Caipirinha vestida por Poiret A preguiça paulista reside nos teus olhos Que não viram Paris nem Piccadilly Nem as exclamações dos homens Em Sevilha À tua passagem entre brincos
Locomotivas e bichos nacionais Geometrizam as atmosferas nítidas Congonhas descora sobre o pálio Das procissões de Minas
A verdura no azul klaxon Cortada Sobre a poeira vermelha Arranha-céus
Fordes Viadutos Um cheiro de café No silêncio emoldurado”
Ivam Evaldo Kussler é homenageado por Melina Ivan Evaldo kussler melina posta saudade
A palavra Saudade traz em si, diversos
significados que podem ser interpretados de acordo com o contexto onde é
aplicado. Sua origem encontra-se no Latim, Solitate, e se pesquisada,
descobriremos que a conotação contemporânea distanciou-se da original. Saudade
não mais se refere ao sentimento de solidão preservado em variações de línguas
românicas como o espanhol: soledad e soledat.
Sobre a saudade, podemos encontrar definições como
"Sentimento mais ou menos melancólico de ausência, ligado pela memória à
situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um
lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados
prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem
desejável"; ou "Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de
pessoa ou coisa distante ou extinta. Pesar pela ausência de alguém que nos é
querido". Como sinônimos, encontramos Lembrança e
Nostalgia.
Em 30 de janeiro celebra-se o "Dia da Saudade". Na gramática
Saudade é substantivo abstrato, tão abstrato que só existe na língua portuguesa.
Os outros idiomas têm dificuldade em traduzi-la ou atribuir-lhe um significado
preciso: Te extraño (castelhano), J'ai regret (francês) e
Ich vermisse dish (alemão). No idioma inglês encontramos várias
tentativas: homesickness (equivalente a saudade de casa ou do país),
longing e to miss (sentir falta de uma pessoa), e
nostalgia (nostalgia do passado, da infância). Mas todas essas
expressões estrangeiras não definem o que sentimos. São apenas tentativas de
determinar esse sentimento que nós mesmos não sabemos exatamente o que é. Não é
só um obstáculo ou uma incompatibilidade da linguagem, mas é principalmente uma
característica cultural daqueles que falam a língua portuguesa.
Saudade não tem cor, mas pode ter cheiro. Não podemos ver nem
tocar, mas sabemos o quanto é grande. Pode ser o sentimento que alimenta um
relacionamento amoroso ou apenas o que sobra dele. Pode ser uma ausência suave
ou um tipo de solidão. Pode ser uma recordação daquele momento e daquela pessoa,
que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever. É a
dor de quem encontrou e nunca mais encontrará, de quem sentiu e nunca mais
voltará a sentir. A saudade se combina com outros sentimentos e procria-se. A
soma da saudade com a solidão é igual a Dor. O resultado da saudade com a
Esperança é a Motivação.
Saudade é uma só, em diferentes palavras. É comum encontrá-la
grafada nas lápides em alusão a dor da ausência provocada pela morte. Mas na
Literatura e na Música é um tema crônico. É quem arquiteta a estrofe e conduz o
tom. Não importa o gênero literário ou o estilo musical, não importa o autor, a
época ou a situação.
Casimiro de Abreu versificou sua saudade da infância: "Oh!
que saudades que eu tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida
/ Que os anos não trazem mais!". Álvares de Azevedo antecipou a saudade
mortal: "Se eu morresse amanhã, viria ao menos / Fechar meus olhos minha
triste irmã / Minha mãe de saudades morreria / Se eu morresse amanhã!". A
poetisa portuguesa, Florbela Espanca, também registrou sua saudade: "E a
esta hora tudo em mim revive / Saudades de saudades que não tenho... / Sonhos
que são os sonhos dos que eu tive...".
O Rock brasileiro transformou a saudade numa de suas bandeiras.
Renato Russo cantou: "nessa saudade que eu sinto / De tudo que eu ainda não
vi". Ainda nas canções de Renato: "dos nossos planos é que tenho mais
saudade". Entre o Rock e a MPB, Cazuza, declarou: "Saudade do que nunca
vai voltar / E dos amigos que se foram / Eu hoje estou com saudade". Tom
Jobim e Vinícius de Moraes compuseram: "Chega de saudade / A realidade é que
sem ela não há paz...".
Saudade é um registro fiel do passado. É a prova incontestável de
tudo que vivemos e ficou impresso na alma. Ao confessarmos uma saudade, na
verdade, estamos nos vangloriando de que, ao menos uma vez na vida, conhecemos
pessoas e vivemos situações que foram boas, e serão eternas em nossa alma.
Nutri-la, é alimentar o espírito e a própria existência.
Se há tantas e, ao mesmo tempo, tão imprecisas definições de
saudade, resta-nos apenas cultivá-la e alimentá-la com pensamentos, músicas,
perfumes, fotografias, lugares, fins de tarde e madrugadas. Saibamos viver
plenamente o presente, pois ele será a saudosa lembrança de amanhã.
SEM FINS PROMOCIONAIS PARA MIM NEM PARA MEU AMIGO IVAM EVALDO KUSSLER
O Homem Nu
Fernando Sabino
Ao acordar, disse para a
mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de
pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas
acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a
mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar
de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando
ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que
não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama,
dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá
dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a
porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com
cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o
embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito
cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a
porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a
campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor.
Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas
ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão.
Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu —
chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio
fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a
porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares...
Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada
entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu
apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou
eu!
Desta vez não teve tempo de insistir:
ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de
pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão,
parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se
aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o
botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa,
encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando
o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do
elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não! — fez o homem
nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a
porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho
conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais
longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka,
instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do
Terror!
— Isso é que não — repetiu,
furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e
abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo,
fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois
experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o
elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria
subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta,
enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava,
desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se
abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o
traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era
a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele,
confuso. — Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os
braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está
nu!
E correu ao telefone para chamar a
radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na
porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria,
vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha
filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu
finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se
precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois,
restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele,
ainda ofegante, indo abrir.
melina ivan kussler kuhn: poema cisnes: OS CISNES (Julio Salusse) A vida, manso lago azul, algumas vezes. Algumas vezes, mar fremente. Tem sido, para nós, constantemente, um naveg...
OS CISNES (Julio Salusse)
A vida, manso lago azul, algumas vezes.
Algumas vezes, mar fremente.
Tem sido, para nós, constantemente,
um navegar sem ondas, sem espumas.
Quando das vagas, desfazendo as brumas matinais,
rompe um sol vermelho e quente,
nós dois, vagamos, indolentemente,
como dois cisnes de alvacentas plumas.
Um dia, um cisne morrerá, por certo
quando chegar esse momento incerto
no lago, onde talvez a água se tisne,
que o cisne vivo, cheio de saudade,
nunca mais cante, nem sozinho nade,
nem nade nunca ao lado de outro cisne